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Porque tantos adolescentes têm tentado contra as suas vidas?

Sabemos que a adolescência é um período da vida que vai moldar o caráter das pessoas para a vida adulta.

A grande maioria dos adolescentes tem uma razoável saúde mental, porém com as diversas mudanças físicas, emocionais e sociais, como, por exemplo: exposição à pobreza, abuso ou violência, pode tornar os adolescentes totalmente vulneráveis ​​aos problemas de saúde mental.

Portanto, promover a saúde mental e protegê-los de suas experiências adversas e de seus fatores de risco poderá afetar o seu potencial de crescimento.

Neste artigo queremos abordar sobre esse assunto que diversos Cursos Online e presencial de psicologia abordam.

Vamos lá?

Suicídio

Atualmente, o suicídio é a terceira causa de morte entre adolescentes, e a automutilação é a principal causa de emergências psiquiátricas em hospitais gerais.

Nos últimos 10 anos, as tentativas de suicídio e as taxas de suicídio entre os jovens aumentaram.

98% dos que cometem suicídio sofrem de transtornos mentais no momento do suicídio, especialmente transtornos de humor (depressão, transtorno bipolar, etc.).

Muitas crianças e adolescentes brasileiros sofrem com transtornos de humor graves nem sequer são diagnosticados, muito menos tratados adequadamente.

Em média, um suicídio afeta seis outras pessoas.

O suicídio é muitas vezes esquecido pelas famílias, e há dificuldades e preconceitos em lidar com esse enigma.

O suicídio está dentro das dez principais causas de morte no Brasil.

Os homens são quatro vezes mais propensos a cometer suicídio do que as mulheres, que são mais propensas a cometer suicídio com métodos menos letais.

Menores taxas de suicídio entre crianças estão associadas a maior dificuldade em usar métodos letais.

No Brasil, as taxas de suicídio entre jovens de 15 a 24 anos aumentaram 20 vezes do século 20 para o século 21.

Suicídio na infância e adolescência

A ideação suicida é muito comum dentro da idade escolar; entretanto, tais tentativas são raras em crianças pequenas. As tentativas de suicídio completadas aumentam com a idade e tornam-se comuns durante a adolescência.

Gatilhos de suicídio em crianças: discussões com os pais, problemas dentro da escola, perda familiares e  mudanças na família.

Aos 6 ou 7 anos, as crianças estão no estágio de pensamento pré-lógico, com pensamento predominantemente mágico, tendo dificuldade em simbolizar e conceituar as coisas na forma de percepção.

Muitas crianças não reconhecem a existência do acaso porque associa todos os acontecimentos com suas próprias experiências (tese hipotética, psiquiátrica).

Nesta fase, os pensamentos de morte são limitados e não envolvem emoções específicas.

Podemos destacar que o pensamento mágico está cada vez mais sendo substituído pelo raciocínio lógico, a morte não é mais vista como um processo reversível, a ideia de um processo irreversível de degeneração física; não se importando, mas se importando com o que acontece após a morte.

Entre os 11 e os 12 anos, há uma transição dentro do pensamento concreto para um determinado pensamento abstrato, o estágio operacional formal. Nesta fase, surgem as preocupações com a vida após a morte.

Os jovens entram neste mundo através de profundas mudanças em seus corpos, deixando para trás a infância e entrando assim em um mundo desconhecido.

Como resultado, dominado por intensa dor, confusão e sensação de que ninguém o entende, ele está sozinho e incapaz de decidir adequadamente seu futuro.

Isto é especialmente verdade quando os jovens pertencem a um grupo familiar que está em crise devido à violência, separação dos pais, doença mental, doença física,  morte de um dos pais, entre outros.

Deve-se prestar muita atenção aos jovens que sentem que o suicídio comum é a solução, especialmente se se sentem solitários e sem esperança, e estão sob pressão de ambientes que sugerem que são um fardo para os outros. Pode-se até dizer que sua morte foi um alívio para todos.

Fatores de risco

90% dos jovens que comentem suicídio têm algum tipo de transtorno mental (50% deles têm transtorno mental há pelo menos 2 anos).

Agressão e desesperança foram os fatores mais comuns.

Comportamento de Risco: Participação em esportes radicais sem o devido equipamento, dirigir alcoolizado, abuso de drogas, brigas, entre outros fatores.

Fatores cognitivos que indicam risco de primeira tentativa ou recorrência de comportamento suicida nesta população:

1 – Desesperado;

2 – Menos probabilidade de gerar soluções alternativas para relacionamentos problemáticos, menos flexibilidade de enfrentar as situações problemáticas;

3 – Estilo de atribuição disfuncional ;

4 – Impulsivo.

Violência Física e Sexual são fatores socioculturais: sucesso escolar (pedido dos pais), mudança social repentina, fácil acesso a armas.

É normal adolescente ter depressão?

Pesquisadores explicam que há uma forma clássica de depressão adolescente, mas não necessariamente constitui uma doença mental ou transtorno mental.

Faz parte do processo de mudanças físicas e emocionais nessa idade, pois as crianças transitam para a fase adulta, período em que buscam autonomia dentro do mundo sem o apoio integral de seus pais, vivenciarem a descoberta e o conflito consigo mesmo , definição de carreira, exploração sexual, etc.

É nesta fase que os adolescentes são expostos a “queixas civilizadas”, explica os Cursos Online sobre o assunto.

Segundo os cursos, nesta fase da vida, as pessoas percebem que o mundo “é um lugar que não tem utopia e nem esperança”. O que pode levar ao desespero, ao mal-estar do mundo, que varia com as circunstâncias políticas e culturais”.